Composto antimicrobiano de óleo de copaíba com nanopartículas de prata produzidas a partir de fungos foi criado através da parceria de pesquisadores das universidades estaduais de Campinas (Unicamp), Maringá (UEM), Londrina (UEL) e federal do Amazonas (Ufam). Com objetivo de atestar a eficácia, eles fizeram ensaios com microrganismos, como o fungo Candida albicans (responsável pela candidíase) e a bactéria Streptococcus agalactiae – esta pode colonizar a mucosa vaginal em gestantes, e por conseguinte ser transmitida à criança no parto, e é considerada uma das causas mais frequentes de infecção generalizada em recém-nascidos. A iniciativa é patenteada.
“A ação das nanopartículas de prata é extremamente eficiente, pois matam as bactérias e ao associá-las com o óleo de copaíba temos uma sinergia. A nanotecnologia auxilia na atividade, na reatividade e faz o efeito antimicrobiano atuar por muito mais tempo”, explica o pesquisador da Unicamp, Nelson Duran, um dos pioneiros no Brasil em nanobiotecnologia. De acordo com os pesquisadores, o novo composto é de maior eficácia terapêutica e redução nas concentrações dos componentes, o que diminui os efeitos adversos. A tecnologia pode ser usada em formulações de cremes e pomadas antissépticos e antimicrobianos, produtos de limpeza, sanitizantes e até roupas.
Segundo a Agência de Inovação Inova Unicamp, a exploração comercial da tecnologia – vista como uma alternativa natural e de baixo custo de produção para o tratamento de infecções causadas por microrganismos multirresistentes – pode ser feita a partir do licenciamento dela por empresas que, em contrapartida, deverão destinar parte dos ganhos obtidos às universidades envolvidas, dentre elas a UEM. Isso possibilita a manutenção dos investimentos em laboratórios e materiais para pesquisas. O próximo passo do grupo de pesquisadores é verificar a eficácia da combinação das nanopartículas de prata e óleo de copaíba contra vírus, especialmente contra o novo coronavírus.
De: ASSESSORIA DE COMUNICAÇÃO