O que é uma startup?

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O que é?

Startup.  Essa expressão não era comum ao vocabulário do brasileiro,mas o era nos EUA. Foi durante a denominada bolha.com, ou bolha da internet, entre os anos 1996 e 2001, que o conceito se propagou e se tornou mais comum.

O significado literal seria “empresa emergente” – na verdade, o termo é intraduzível ao pé da letra. Sinônimo de iniciar uma empresa e colocá-la em funcionamento, sempre foi revestido de uma aura romântica, lembrando jovens trabalhando em uma garagem em torno de uma ideia que ninguém sabia explicar muito bem qual era.

Pense no surgimento da Apple e da Microsoft, e terá captado a ideia. Empresas não convencionais, que poderiam submergir em semanas ou arrecadar fortunas, e aí desaparecer, ou não, subitamente. Esta é a ideia a que o termo startup remete.

O que os investidores chamam de startup?

Outros defendem que uma startup é uma empresa inovadora com custos de manutenção muito baixos, mas que consegue crescer rapidamente e gerar lucros cada vez maiores.

No entanto, há uma definição mais atual, que parece satisfazer a diversos especialistas e investidores: uma startup é um grupo de pessoas à procura de um modelo de negócios repetível e escalável, trabalhando em condições de extrema incerteza.

Conceitos

Apesar de curta, essa definição envolve vários conceitos:

  • Um cenário de incerteza significa que não há como afirmar se aquela ideia e projeto de empresa irão realmente dar certo – ou ao menos se provarem sustentáveis;
  • O modelo de negócios é como a startup gera valor – ou seja, como transforma seu trabalho em dinheiro. Um dos modelos de negócios do Google é cobrar por cada clique nos anúncios mostrados nos resultados de busca – esse modelo também é usado pelo Buscapé.com e incontáveis outras empresas. Outro formato seria o modelo de negócio de franquias: você paga royalties por uma marca, mas tem acesso a uma receita de sucesso com suporte do franqueador – e por isso aumenta suas chances de gerar lucro;
  • Ser repetível significa ser capaz de entregar o mesmo produto novamente em escala potencialmente ilimitada, sem muitas customizações ou adaptações para cada cliente. Isso pode ser feito tanto ao vender a mesma unidade do produto várias vezes, ou tendo-os sempre disponíveis independente da demanda. Uma analogia simples para isso seria o modelo de venda de filmes: não é possível vender a mesma unidade de DVD várias vezes, pois é preciso fabricar um diferente a cada cópia vendida. Por outro lado, é possível ser repetível com o modelo pay-per-view – o mesmo filme é distribuído a qualquer um que queira pagar por ele sem que isso impacte na disponibilidade do produto ou no aumento significativo do custo por cópia vendida;
  • Ser escalável é a chave de uma startup: significa crescer cada vez mais, sem que isso influencie no modelo de negócios. Crescer em receita, mas com custos crescendo bem mais lentamente. Isso fará com que a margem seja cada vez maior, acumulando lucros e gerando cada vez mais riqueza.

Os passos seguintes

É justamente por esse ambiente de incerteza (até que o modelo seja encontrado) que tanto se fala em investimento para startups – sem capital de risco, é muito difícil persistir na busca pelo modelo de negócios enquanto não existe receita.

Após a comprovação de que ele existe e a receita começar a crescer, provavelmente será necessária uma nova leva de investimento para essa startup se tornar uma empresa sustentável.

O aporte inicial, muitas vezes, é realizado por investidores “angels”, uma forma de identificar investidores de risco que colocam muito dinheiro, na casa de milhões de dólares, em uma ideia que a princípio pode parecer até mesmo excêntrica. Eles entram no investimento correndo o risco de não obter nenhum retorno, mas quando acertam podem conseguir bilhões de dólares. Alguns nomes concretos são: Google, Facebook, Uber, Aibnb, Instagram, Tiktok e muitos outros que você conhece como marcas consolidadas mas que só cresceram graças à confiança e ao aporte financeiro dos “angels”.

Startups são somente empresas de internet?

Não necessariamente. Elas só são mais frequentes na internet porque é bem mais barato criar uma empresa de software do que uma de agronegócio ou biotecnologia, por exemplo, e a web torna a expansão do negócio bem mais fácil, rápida e barata – além da venda ser repetível. Mesmo assim, um grupo de pesquisadores com uma patente inovadora pode também ser uma startup – desde que ela comprove um negócio repetível e escalável.

Fonte: https://www.sebrae.com.br/sites/PortalSebrae/artigos/o-que-e-uma-startup,6979b2a178c83410VgnVCM1000003b74010aRCRD

De: SEBRAE