Maringá ganha parque tecnológico para apoiar empresas

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Um espaço que vai abrigar 50, ou mais, empresas das mais diversas áreas, contando com outros vários ambientes, incluindo alguns compartilhados com os melhores e mais modernos centros de empreendedorismo do mundo, foi inaugurado, nesta sexta-feira (11), no prédio do antigo Instituto Brasileiro do Café (IBC), em Maringá, com o nome de Maringatech, o Parque Tecnológico da cidade. 

O parque é coordenado pela Incubadora Tecnológica de Maringá, um projeto que nasceu na Universidade Estadual de Maringá (UEM), hoje uma das principais parceiras do empreendimento, junto com outras instituições de ensino superior, como a Unicesumar.

O Maringatech recebeu investimentos de cerca de R$ 2,5 milhões, oriundos principalmente da Finep, uma agência financiadora de projetos do governo federal, ligada ao Ministério da Ciência e Tecnologia. O parque também recebeu recursos da Prefeitura de Maringá, também parceira do projeto desde o início.

O local funciona na avenida Centenário, Zona 8, com área de 14 mil metros quadrados, projetado para abrigar empresas tecnológicas de vários setores, como: biotecnologia, mecânica e mecatrônica, novos materiais, polímeros, têxtil e design, tecnologias da informação (TIs), até empreendimentos na área de alimentos, entre outras.

O Maringatech abrigará empresas que, após serem incubadas, poderão permanecer mais tempo recebendo suporte da Incubadora Tecnológica, chamadas empresas residentes.

Além de área física para a instalação destas empresas, o espaço inaugurado tem áreas para receber laboratórios encarregados de desenvolver atividades no segmento de polímeros e biotecnologia; espaço de convivência para a troca de experiências e desenvolvimento de ideias; área administrativa totalmente remodelada e estruturada; área de suporte de estratégia empresarial para fomentar, acelerar empresas e fazer parcerias com o mercado e outras instituições; praça de alimentação; e mini-anfiteatros.

Para homenagear e preservar a história do IBC, os organizadores do Maringatech e da Incubadora Tecnológica estão preparando o “Memorial do Café Armínio Kaiser”, cujo espaço já recebeu, hoje, uma exposição de utensílios e maquinários da época áurea cafeeira, emprestados do acervo da Cooperativa Agroindustrial de Maringá (Cocamar) especialmente para a ocasião.

A história da Incubadora Tecnológica surgiu em 1996, com o lançamento, na UEM, do Projeto Gênesis. Em 2000, foi inaugurada a incubadora, que, cinco anos depois, passou a receber projetos de empresas de todas as áreas do conhecimento.

Ao relembrar essa trajetória, o professor do curso de economia da UEM, Marcelo Farid, coordenador do projeto pela Finep e coordenador do grupo estratégico da Incubadora, destacou que “o Parque Tecnológico é um projeto da sociedade, adequado à realidade de nossa região”.

Autor do projeto que captou, por meio de edital, os recursos da Finep, Farid lembrou o fato de o local ter sido palco, pelo programa Bom Negócio, da capacitação de dois mil empresários da região de Maringá nos últimos anos. A proposta submetida à Finep e contemplada em 2014 foi a única, à época, a ser contemplada no Paraná e uma das oito liberadas em todo o Brasil.

Vice-presidente da Incubadora Tecnológica, José Roberto Pinheiro de Mello, enalteceu a atuação do presidente Carlos Walter Martins Pedro pela forma como liderou a execução do projeto de criação e desenvolvimento da Incubadora, apesar de suas várias atividades como empresário.

Por sua vez, Martins Pedro elogiou o trabalho de Pinheiro de Mello, lembrando, ainda, que todos os envolvidos na condução do projeto não recebem remuneração, pois o trabalho é voluntário. O presidente assinalou a importância de o prédio ter abrigado os armazéns de café e ressaltou que os recursos recebidos para o início do Maringatech foram aplicados dentro dos princípios da transparência e boa gestão, com a devida prestação de contas.

Dirigindo-se ao reitor da UEM, Mauro Baesso, o presidente da Incubadora falou sobre a relevância da Universidade, como centro de excelência do conhecimento, manter a boa conexão com o parque tecnológico, oferecendo suporte às empresas instaladas.

O reitor disse ter visitado, há dois anos, na Universidade de Toronto, no Canadá, um espaço semelhante a esse, em que empresas atuavam uma ao lado da outra, uma vez que o local não alimenta a concorrência, mas sim o espírito de crescimento e desenvolvimento dos projetos lançados.

A grande finalidade dos projetos desenvolvidos nestes ambientes, de acordo com Mauro Baesso, é permitir melhores condições de vida à população. Destacando o fato de a UEM ter 49 programas de mestrado e 26 de doutorado, afirmou que a instituição está reunindo  está excelência na pesquisa e inovação num único espaço.

Segundo o reitor, a sociedade moderna depende dos novos conhecimentos e disse ter a esperança de que a agência de Inovação da UEM cresça como o Maringatech. O desafio, diz ele, é fazer com que os jovens que estão chegando ao ensino superior sejam melhores que nós e que a tecnologia da informação, conhecida por TI, esteja presente em todas as incubadoras.

O prefeito de Maringá, Carlos Roberto Pupin, recordou as viagens que fez para conhecer projetos de inovação tecnológica pelo País e disse ser necessário afirmar que muito esforço foi empenhado na execução do Maringatech, pois os desafios são muitos, incluindo a falta de espaço.

No final da cerimônia, a UEM homenageou, com um certificado, o presidente e o vice-presidente da Incubadora Tecnológica, que também receberam homenagens da Associação Comercial e Industrial de Maringá (Acim) e da Câmara Municipal, por meio da entrega de um título de mérito comunitário.

O vice-prefeito, Cláudio Ferdinandi; e o prefeito eleito, Ulisses Maia, também prestigiaram o evento, ao lado de outras diversas autoridades da UEM, dos poderes Executivo e Legislativo de Maringá, além de empresários e representantes de instituições parceiras da Incubadora Tecnológica de Maringá.

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De: Jornalismo UEM