Incubadora Tecnológica escreve novos rumos

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A Incubadora Tecnológica de Maringá, que é fruto de diversas parcerias entre diversas entidades, nasceu para apoiar e promover o desenvolvimento tecnológico regional. Como foi destacado pelo presidente e vice-presidente, respectivamente, Carlos Walter Martins Pedro e o professor José Roberto Pinheiro de Melo, a entidade tem como objetivo principal facilitar a integração entre universidade, empresas e sociedade, dá suporte para novos empreendimentos e faz com que os desenvolvimentos tecnológicos cheguem à coletividade.

Segundo o coordenador do Grupo de Apoio Estratégico da Incubadora, professor Marcelo Farid Pereira, a necessidade do setor produtivo é tão grande que, antes mesmo de inaugurado, o novo espaço cedido para a Incubadora, que fica no antigo prédio do IBC e que está sendo readequado com apoio da Prefeitura de Maringá, UEM e Finep, já vem recebendo as empresas de base tecnológica que estão iniciando seu processo produtivo e de comercialização. Como destaque pode-se citar A Trama Flex que produz fibra sintética para o setor moveleiro e de decoração e a A8 Metal Concept, desenvolvedora de aparelhos para academias. Farid comenta que a Incubadora, nessa nova fase, permite que empresas implementem avanços tecnológicos, transformando-os em inovação para a sociedade, proporcionando o desenvolvimento regional e gerando riquezas. O professor ainda destaca que a agregação de valor aos produtos por meio da inovação é a chave para um desenvolvimento econômico sustentável.

“O objetivo da Incubadora é difundir esse processo de inovação. O papel dela e da Universidade é fazer a transferência da tecnologia produzida na academia para a sociedade. A empresa da área de mecânica e design para equipamentos para academias começou com aparelhos mais simples e já está desenvolvendo produtos cada vez mais elaborados, com possibilidade de vender no mercado nacional e internacional. A sua demanda está crescendo em níveis exponenciais.

A outra é fornecedora de insumos que não envolvem tanta tecnologia, mas para as empresas que os utilizam representam um grande avanço tecnológico. Ela está fazendo com que as pequenas e microempresas do setor moveleiro tenham um insumo novo, consigam produzir, contratar mais funcionários e melhorar o design, ganhando o mercado até fora da nossa região. Em função desse novo insumo, essas empresas estão crescendo, triplicando o faturamento em três meses. Uma das microempresas que está sendo beneficiada pelo insumo, tinha um funcionário há três meses, já tem 15 e está numa área dez vezes maior. As empresas incubadas funcionam como ponte entre o desenvolvimento tecnológico e a inovação que chega à sociedade tanto em produto quanto em serviço, gerando renda e melhorando toda cadeia produtiva, sempre com sustentabilidade, respeito ao meio ambiente e buscando a melhoria da qualidade de vida”.

Trama Flex – Os proprietários da Trama Flex, Nilson e Lucilene Maximiano, dizem que, sem o novo espaço, não seria possível desenvolver o processo produtivo. A Incubadora para a empresa representa apoio, produção, divulgação e condições de dar os primeiros passos, aliados às possibilidades de parcerias e sinergia com a universidade e outras empresas. A tecnologia para o desenvolvimento da fibra, derivada de polietileno, foi realizada no período em que a empresa era incubada externamente. Embora o produto já apresente inovação e características que o diferenciam dos demais, a Trama Flex busca parcerias com cursos da UEM para melhoramentos tecnológicos e novos produtos.

A fibra pode ser utilizada para confecção de assentos de cadeiras e poltronas, de cestos, bolsas, tapetes, quadros e até forro de salas e barracões. Pode ser confeccionada em cores diferentes, até mesmo imitando a madeira. Lucilene, que também é artesã, trançou um quadro misturando a fibra e o cordão natural em que é difícil diferenciar um do outro. Explicam que a fibra apresenta muitas vantagens, como resistência, durabilidade, facilidade de limpeza e manutenção e possibilidade de múltipla utilização.

A8 – Também instalada no antigo prédio do IBC, a A8 produz equipamentos de musculação com tecnologia diferenciada, adaptados à ergonomia dos usuários. Foram desenvolvidos aparelhos para todos os grupamentos musculares. Eles foram pensados para não prejudicar a coluna e estão em teste em uma academia de ginástica. Estão sendo verificadas sua durabilidade, ergonomia e estrutura. Empresa spin off, também era incubada externa. Segundo o gerente industrial da A8, Alexandre Mourão, a Incubadora significa espaço para produção, parcerias, acesso a editais e à tecnologia, possibilidades de ampliação e expansão, melhorias dos equipamentos e desenvolvimento de novos produtos.

A A8 também desenvolveu um sistema multifuncional que tem acoplado um aparelho de TV com programas indicando os exercícios para cada grupo muscular. É um equipamento que permite a realização de mais de 200 exercícios físicos. Ele serve para reabilitação de atletas, condicionamento físico e treinamento.

Há três meses no novo espaço, já apresenta um crescimento de 300% e vislumbra também contratos internacionais.

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De: Rose Koyashiki